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SANANDUVA E REGIÃO

Cigarrinha requer cuidado com as lavouras de milho em Santo Expedito do SulCigarrinha requer cuidado com as lavouras de milho em Santo Expedito do Sul

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Publicado em 26/03/2021, Por Ascom Prefeitura Municipal de Santo Expedito do Sul

O investimento no desenvolvimento rural tem sido constante por parte da administração municipal de Santo Expedito do Sul. Sempre em contato e atenta às demandas do homem do campo, a Secretaria Municipal de Agricultura tem intensificado nos últimos meses a produção de silagem e melhorias no interior. Por estar próxima dos agricultores, alguns problemas enfrentados no campo tem recebido orientação da secretaria, como a ocorrência de pragas. Uma delas é a cigarrinha.

O agricultor Gilnei Debona, da capela Menino Deus, implantou uma área de 1,5 hectares de milho, destinados para silagem. Nos últimos dias, ele se deparou com a praga, que ocasionou perdas na produção. “Precisamos fazer a silagem antes do ponto certo, o que diminuiu o rendimento e, além disso, temos o risco de estragar no armazenamento”, conta o produtor, que vai utilizar o alimento na engorda de bovinos de corte. “Diminuiu a quantidade de cargas de silagem. No ano passado foram 13 e, neste ano, foram apenas oito”, constatou Debona.

A praga

A cigarrinha do milho é uma praga que vem comprometendo as lavouras de milho na região nesta safra 2020/2021, que está sendo colhida no campo. O inseto tem atacado em lavouras com plantio tardio, o plantio safrinha. A Secretaria Municipal de Agricultura, em parceria com a Emater, tem prestado orientações aos produtores. 

De acordo com o coordenador da Emater, Matheus Mignoni, a ação e agressividade da praga nas lavouras é preocupante, pois pode comprometer boa parte da produção de grãos e também da produção de massa verde, no caso da silagem. “Além de difícil controle, a cigarrinha transmite alguns fitopatógenos, pois ela é um inseto vetor de um complexo de doenças conhecido como enfezamento”, comenta ele.

Alguns fatores, segundo Mignoni, têm contribuído para o desenvolvimento da praga. “As chuvas esparsas, déficit hídrico e temperaturas mais elevadas formam condições climáticas ideais para o desenvolvimento das cigarrinhas em nossa região. Passamos por um período de falta de chuvas nos últimos meses, o que favorece”, comenta.

Na fase adulta, a cigarrinha se alimenta da seiva das plantas do milho, transmitindo a outras plantas bactérias, fitoplasmas ou vírus que causam esses enfezamentos, conforme Mignoni. Segundo ele, um dos sintomas notado no milho, após a ocorrência da praga, é o enfezamento pálido onde a planta se torna mais amarela. Outro sintoma é a bordadura das folhas avermelhadas, o enfezamento vermelho.

Identificando a praga

A cigarrinha tem reprodução dentro do cartucho do milho, podendo ser encontrada de forma fácil. “Na lavoura, basta olhar dentro do cartucho. O grande desafio do produtor é o controle da praga, isso porque nas aplicações de inseticidas os insetos são controlados, mas posteriormente, ocorre a migração de cigarrinhas de outras áreas”, comenta Mignoni, destacando que, com isso, é preciso ter muitas aplicações para o controle efetivo da praga, o que aumenta o custo da produção.

O coordenador da Emater ressalta que o controle da cigarrinha só é eficiente se o produtor adotar algumas práticas de manejo no milho como, por exemplo, a rotação de culturas. “Outras práticas importantes são o controle químico eficiente, tratamento de sementes e evitar semeadura de milho na mesma área ou em proximidade de lavouras plantadas mais nos cedo e lavouras mais tardias, além do período de plantio e escalonamento”, frisa ele, citando que essas são práticas que podem auxiliar no controle da praga que vem preocupando os produtores do município na safra 2020/2021.

(FOTO: ASCOM PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO EXPEDITO DO SUL)







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