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Golpes crescem 35,8% durante período de distanciamento social no RSGolpes crescem 35,8% durante período de distanciamento social no RS

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Publicado em 01/06/2020, Por GaúchaZH

Enquanto a maior parte dos crimes caiu, estelionato teve 2.910 casos contra 2.142 no mesmo período de 2019.

 

Na contramão da maior parte dos crimes que vem apresentando redução durante o período de distanciamento social, os estelionatos tiveram crescimento no Rio Grande do Sul. O mês de abril — com 35,8% de aumento em comparação com o mesmo período do ano passado - teve o maior número de casos registrados desde que os dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado começaram a ser divulgados, em 2002. Em média, ao longo do mês, 97 casos de estelionato foram comunicados à polícia por dia.

O combate ao coronavírus se tornou justamente um dos temas explorados pelos golpistas nos últimos dois meses — o mês de março também teve acréscimo nos golpes no Estado. Algumas das modalidades de trapaças incluem o contato por telefone, onde os estelionatários fingem que estão realizando cadastro para recebimento de vacinas, doação de máscaras e de álcool gel, entre outros.

— É importante neste momento de isolamento ter ainda mais atenção, pois, com menor circulação de pessoas nas ruas, é esperado sim um aumento dos golpes praticados pela internet ou por telefone. Nossas recomendações são que se redobre a atenção para ligações ou e-mails solicitando dados, enviando links clicáveis, pessoas fazendo contato em nome de Secretarias de Saúde, oferecendo vacinas ou testes da Covid-19. Essa situação da quarentena e da Covid-19 podem ser usadas como enredo para prática de golpes à distância — afirma a delegada Cristiane Ramos, da Delegacia de Proteção ao Idoso em Porto Alegre.

Os idosos acabam sendo vítimas em potencial deste tipo de delito, seja praticado pessoalmente ou por telefone. Ela alerta ainda que as pessoas devem buscar se informar com órgãos oficiais e pedir ajuda aos familiares, caso desconfiem de algo.

 

WhatsApp

Outra modalidade que se tornou bastante comum é a que a usa a internet para disseminar sites falsos e, assim, obter dados das vítimas, que serão usados em novos estelionatos. Para isso, envolve temas como o auxílio emergencial concedido pelo governo federal. Os criminosos passaram a criar link falsos para serem acessados pelas vítimas e também aplicativos fraudulentos.

 

Crimes presenciais têm queda

Segundo o delegado André Anicet, da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), não há como apontar com precisão os fatores que impulsionaram o acréscimo nos casos, mas ele considera que o distanciamento social pode ter sido um dos motivos. Já que os crimes presenciais que visam obter vantagem financeira, de maneira geral, apresentaram redução nesse período. Os assaltos, por exemplo, tiveram 3,2 mil registros a menos do que no mesmo mês do ano passado — de 5.836 para 2.544 (queda de 56,4%).

Conforme o policial, os golpistas têm utilizado nova modalidade de golpe pelo WhatsApp. A trapaça é semelhante à clonagem. O criminoso habilita um outro número no aplicativo e subtrai uma foto da vítima das redes sociais. Ele usa essa imagem no perfil novo criado com este telefone. Depois disso, contata familiares ou amigos.

— Ele afirma que está precisando de ajuda, que seja feito algum depósito em dinheiro. Essa é uma nova modalidade que chegou para nós. Mas as contas de depósito são todas de fora do Rio Grande do Sul. Por isso, a competência da investigação, a atribuição, acaba sendo desses locais, onde foi obtida a vantagem — alerta Anicet.







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