O Rio Grande do Sul tem um infectado a cada 82 habitantes e 139 mil pessoas com anticorpos para o coronavírus. As estimativas fazem parte da conclusão da sétima etapa da pesquisa sobre a prevalência da covid-19 na população gaúcha, que mostra que a proporção de contaminados aumentou no Estado.
Entre as nove cidades que integram o estudo, chamou a atenção o crescimento registrado em Pelotas, cidade sede da universidade que coordena o levantamento: houve salto de um para oito casos positivos em relação à rodada anterior.
Pelotas é uma das seis regiões covid que apresentaram ao governo plano com regras próprias dentro do distanciamento controlado e que foram autorizadas a aplicá-lo. Classificada pelo Palácio Piratini como área de bandeira vermelha, com alto risco de disseminação da doença, Pelotas adotou normas de etiqueta laranja, ou seja, mais flexíveis.
A Epicovid19 é coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Os dados estão sendo apresentados pelo governador Eduardo Leite e pelo reitor da UFPel, Pedro Curi Hallal, na tarde desta quinta-feira (20).
As entrevistas desta etapa foram aplicadas no último final de semana. Das 4,5 mil pessoas que aceitaram se submeter aos testes rápidos, 55 tiveram resultado positivo, sendo 12 em Canoas, 11 em Porto Alegre e oito em Pelotas. Na rodada anterior, foram 43.
As informações sobre distanciamento controlado não tiveram alterações significativas. Disseram sair de casa diariamente 32,6% dos entrevistados, só saírem para atividades essenciais 54,6% e ficarem casa todos os dias, 12,8%. As respostas dos entrevistados na sexta etapa foram de 33,3%, 54,1% e 12,6%, respectivamente.
Os novos dados da pesquisa mostram que para cada caso notificado, há 1,4 não registrado oficialmente. Na primeira etapa, a diferença era de oito vezes e, na segunda, 12.
A Epicovid19 tem mais uma etapa prevista, que deve ocorrer de 5 a 7 de setembro. O estudo é o único no mundo ter sete etapas com moradores das mesmas cidades: Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí e Uruguaiana. O trabalho tem apoio de 12 universidades públicas e privadas.
(FOTO: PIXABAY)
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