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UFPel anuncia quarta fase da pesquisa sobre efeitos da Covid-19 na população brasileira com financiamento privadoUFPel anuncia quarta fase da pesquisa sobre efeitos da Covid-19 na população brasileira com financiamento privado

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Publicado em 05/08/2020, Por G1/RS

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) anunciou nesta quarta-feira (5) que a quarta fase da pesquisa que analisa a prevalência do coronavírus na população brasileira, coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas, vai acontecer com investimento privado.

Em 21 de julho, o projeto perdeu o apoio e financiamento do Ministério da Saúde. A nova fase do estudo será custeada por um fundo criado pelo Itaú Unibanco.

Entre os dias 20 e 23 de agosto, 133 cidades brasileiras receberão as equipes da pesquisa que farão os testes rápidos para detectar o avanço do coronavírus no país.

“Os números de casos de infecção, internações e mortes por coronavírus se mantêm altos dia após dia no Brasil. Neste momento, precisamos das melhores evidências para embasar ações, preservar a saúde e prevenir mortes evitáveis de brasileiros”, diz o epidemiologista e coordenador geral do estudo, Pedro Hallal.

A quarta etapa segue a mesma metodologia das anteriores. Serão cerca de dois mil entrevistadores, do IBOPE Inteligência, que vão entrevistar e testar 250 moradores em cada município incluso no estudo, totalizando amostra nacional de 33.250 participantes somente nesta etapa.

 

Sobre a pesquisa

As três primeiras etapas entrevistaram quase 90 mil pessoas. Os dados inéditos permitiram conhecer o comportamento do vírus no Brasil. Para cada diagnóstico confirmado pelas estatísticas, o estudo estimou que existem ao redor de seis casos reais não notificados. De cada cem infectados, um vai a óbito.

A pesquisa também estimou que crianças têm a mesma chance de adultos para contrair o vírus e, diferente do que cogitava inicialmente a ciência mundial, cerca de 90% dos casos apresentam sintomas.

 

Algumas conclusões

  • Subnotificação de casos - foi encontrada uma grande diferença entre os números das estatísticas oficiais e as pessoas que têm anticorpos para a doença, o que indica que o número de infectados no Brasil pelo coronavírus é cerca de 6,5 vezes maior do que mostram os dados divulgados
  • Pessoas mais pobres têm mais infecções que indivíduos mais ricos
  • Grupos vulneráveis sofrem mais com a doença. Pesquisa mostrou que indígenas têm 5 vezes mais risco de desenvolver a Covid-19
  • Diferente do que se falava inicialmente, a pesquisa indicou que grande parte das pessoas desenvolvem sintomas. O estudo mostrou que apenas 11% eram assintomáticos. Grande parte dos entrevistados tiveram sintomas leves, então, essas pessoas poderiam ser testadas e, assim, isoladas se estivessem com a doença
  • Perda ou alteração de olfato e paladar foi um sintoma relatado por 60% das pessoas que testaram positivos para a Covid-19 na pesquisa
  • Crianças pegam o coronavírus tanto quanto os adultos
  • Existem várias pandemia no Brasil, a diferença entre as regiões é grande

A terceira fase da pesquisa mostrou que, em dois meses, aumentou a prevalência do coronavírus em um grupo de cidades analisadas: de 1,9% (fase 1 da pesquisa entre 14 a 21 de maio) para 3,8% (fase 3, que ocorreu de 21 a 24 de junho). No mesmo período, o distanciamento social caiu de 23,1% para 18,9%.

 

FOTO: BRENO ESAKI/AGÊNCIA SAÚDE







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